Vitória da Conquista
historicamente sempre foi autossuficiente no seu boom desenvolvimentista. Isto
sempre se deveu à sua privilegiada localização, centro logístico de todos os
produtos e serviços, desde a sua mais tenra idade foi ponto de apoio, daí,
formadora de uma encruzilhada de oportunidades com as
rodovias BR 116 e a BR 415, – liga Ilhéus à Brasília – também conhecida como
BA-415, que deu a nossa cidade o status de capital do sudoeste baiano.
Isso não foi à toa,
muitos empresários que aqui chegaram para um simples passeio, não mais
retornaram ao seu torrão natal, fizeram da nossa a sua cidade; aqui plantaram
raízes e são os verdadeiros ícones do nosso desenvolvimento; esses sim.
O desenvolvimento de
Conquista, sempre à revelia do querer de alguns governos, gritava mais alto.
Cada vez mais se fortificava quanto pela sua diversificada atuação nos produtos
e serviços, tanto mais pela sua excelente qualidade. A cafeicultura foi, por
assim dizer, a concretude basal do nosso verdadeiro crescimento e
desenvolvimento lastreado pela iniciativa estatal do Banco do Brasil e do IBC.
A nossa cidade no fim
da década de setenta e por toda década de oitenta já mostrava a sua gritante
necessidade por um aeroporto que fosse à altura do nosso desenvolvimento. No
início da década de oitenta algumas obras de infraestrutura aeroportuária,
ainda que paliativas foram executadas, tais como, aumento da pista na cabeceira
15 – aquela que fica na Lagoa das Bateias – elevando a extensão da pista para
1.780 metros, bem como a iluminação no pátio e o balizamento da pista para
favorecer os pousos e decolagens nos voos noturnos; e foi só isso.
Em uma das minhas
incursões nesta manhã (12/06) nas “Koizas” da Bahia, acabei por visitar, na
internet, a página do Deputado Federal Emiliano José (PT-BA) – ao que parece
ser do mês de maio, posto que, o dia 09 na quinta-feira neste semestre ocorreu
nesse mês p.p. – onde ele fala das obras do Aeroporto de Vitória da Conquista.
Saltou-me aos olhos que o senhor deputado deu uma demonstração inequívoca de
total desconhecimento da nossa cidade, bem como da nossa história e do seu
desenvolvimento.
Pelas suas equivocadas
palavras, que reproduzo a seguir, ele confirma o quão na passa de um mero
catador e votos aqui e acolá; in verbis: “E foi, também, o extraordinário
desenvolvimento de Conquista nesses anos em que o PT passou a dirigir o
município, que fez com que o novo aeroporto se tornasse uma prioridade
absoluta. O atual aeroporto é muito acanhado para as necessidades não só de
Conquista como de toda a região”. (grifo e negrito meu)
É verdade Sr. Deputado,
quem não conheceu Vitória da Conquista na década de oitenta, época em que o
pátio de nosso aeroporto não comportava estacionar as aeronaves que aqui
pousavam, tanto menos aquelas que eram de propriedade dos nossos empresários e
cafeicultores, tem mesmo é que dizer que o nosso desenvolvimento só chegou à
esta nossa cidade tão somente por obra e graça ao extraordinário modelo
desenvolvimentista do PT.
Afirma também o “mui”
DD. Deputado, que: “O novo aeroporto, que é uma luta antiga da cidade, [isto
ele não mentiu] significa um novo impulso ao desenvolvimento não só de
Conquista, como de toda a região. O empreendimento também vai facilitar a
locomoção da população, que vem sentindo os impactos da melhoria de
condições de vida, inaugurados desde que o presidente Lula tomou
posse em 2003, e continuados sob a liderança da presidenta Dilma”. (grifos,
negritos e inserções minhas).
A melhoria nas
condições de vida das pessoas de Conquista assim como em todo o país não é a
chanceladora a que mais pessoas procurem as companhias aéreas para viajar, mas,
sim, a necessidade que a cada dia se faz ainda maior de dar celeridade aos
processos e diminuir as distâncias que nos separam de nossos parentes como
também dos nossos negócios. A globalização, caríssimo Deputado, é que é a
responsável por tal aumento na demanda por passagens aéreas; um dia perdido em
viagens por rodovias pode ser, para um grande empresário, fatal na perda de
grandes negócios, para um candidato, imperdoável sua ausência na prestação de
um concurso público em lugar diverso e distante.
O desenvolvimento que o
deputado Emiliano José deve estar se referindo deve ser o incremento das
famílias que antes mendigavam nas ruas ou sobreviviam dos subempregos e que
agora, se não trabalhavam, não mais trabalham de forma alguma, posto que, são
os beneficiários das “bolsas” – família, educação, mãe, avó, droga e mais o
quê?
Ora DD. Deputado, esse
desenvolvimento que citei não faz “desses melhorados” potenciais clientes de
companhias aéreas. Vamos parar com essa demagogia! Esses citados só viajam de
avião nas melhorias do Programa do GUGU em seu quadro “DE VOLTA PRO MEU
ACONCHEGO”. Os demais continuam com os seus filhos mendigando os famigerados
estágios, bom que se frise, que só tem como signatários tais estágios os filhos
dos que são amigos dos grandes nas repartições e instituições bancárias que se
incumbem do famoso QI.
O resto da população,
que não nasceu aquinhoada, está vivendo mesmo é dos empregos temporários de
páscoa, do dia das mães, de natal, dos festejos carnavalescos, dos juninos e,
nas têtas do governo, sob os auspícios do auxílio desemprego. E os jovens,
filhos daqueles que se dizem abastados, estão por via de consequência do
desemprego ou subemprego, vivendo com seus 30, 32, 35 ou mais anos uma
adolescência estendida à custa dos ganhos dos seus pais na ativa ou
aposentados, ou, à margem da pensão da avó que jamais lhes negam, com muita
dificuldade, tal provimento. Esse deve ser o grande desenvolvimento que o
senhor vê, não é verdade?
Dizer que o nosso
desenvolvimento só aconteceu com o advento petista ao governo conquistense é,
criminosamente, sepultar vivo todo o trabalho de toda uma população que desde a
sua mais tenra idade acreditou no empreendedorismo que é lhe nato, assim como,
de uma classe política que bem governou esta cidade, que mesmo desassistida da
tutela do governo estadual, muito fez por esta nossa terra; fincou alicerces,
abriu frentes de desenvolvimento.
Não se pode negar que
nestes últimos dez, doze anos Vitória da Conquista cresceu, aumentou o
empreendedorismo, mas, sempre a reboque do desenvolvimento mundial, deputado,
posto que a rapidez com que a globalização nos liga aos tais eventos
desenvolvimentistas, estes nos foram destinados. É de conhecimento mundial que
a década de 2000 foi a bola da vez para os países em desenvolvimento; e nossa
cidade se tivesse sido melhor avaliada por este governo que aí está –
municipal, estadual e federal-, com certeza estaríamos aqui falando de
verdadeiro desenvolvimento e não das falácias que certos partidos e seus
filiados delas se valem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário