O Sindicato do Magistério
Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) divulgou nota no seu site
oficial após reunião realizada na tarde de ontem (quinta-feira) com
representantes dos diretores para debater os problemas decorrentes da demissão
em massa dos vigilantes das escolas municipais.
Conforme a denúncia
feita pelos diretores, a Prefeitura Municipal de
Vitória da Conquista demitiu no início da semana os vigilantes que cuidam
da segurança das unidades sem, ao menos, comunicar formalmente ao corpo
escolar com antecedência.
Tal decisão afeta
diretamente o funcionamento das escolas, principalmente as que estão
localizadas nos bairros mais periféricos da nossa cidade. Os diretores alegam
que a deliberação da Prefeitura inviabiliza o funcionamento completo das unidades,
tendo em vista a vulnerabilidade a que ficam expostos os alunos,
funcionários e professores. “No período noturno, por exemplo, a única
figura masculina era o vigia”, afirma a professora Daniela Costa, diretora
da Escola Municipal Maria Célia Ferraz.
Os reflexos da falta
dos vigilantes já começaram a ser sentidos em algumas unidades, segundo a
professora Mariedla Brito, diretora da Escola Municipal Antônio Helder, hoje,
apenas três dias após a dispensa dos vigilantes, houve uma tentativa de
furto em frente a unidade em que trabalha. “A figura do
diretor responde pelo patrimônio público, mas se a escola for
assaltada nós vamos responder por uma coisa que não é culpa nossa? Sem o
vigia nós não temos como
proteger o patrimônio da escola”, destaca.
proteger o patrimônio da escola”, destaca.
A diretora Ana Cláudia
Santana, da Escola Municipal Cláudio Manoel da Costa, diz ainda que a
Prefeitura Municipal não apresentou uma data concreta para a resolução deste
problema e que, a partir da segunda-feira, a escola só deverá funcionar
nos turnos em que o vigia efetivo atua. “Nosso maior bem é o bem pessoal e
hoje, somente nos dois turnos sem vigilante, a escola atende 500 alunos,
além dos professores, coordenadores e funcionários. Ou seja, eu não posso
por todas essas pessoas em risco”, pondera.
Para a presidente do
SIMMP, Geanne Oliveira, as escolas não têm condições de funcionar sem um
esquema mínimo de segurança e acrescenta: “O prefeito coloca em risco a
segurança dos alunos e dos professores e compromete o funcionamento das
escolas municipais quando, para atender a redução de custos, ao invés de
diminuir nos cargos comissionados e na quantidade de secretarias,
estabelece um corte nos vigilantes”. Ainda segundo a presidente, a Lei
de Responsabilidade Fiscal não é justificativa para a demissão destes
profissionais, pois existem outros cargos que deveriam ser exonerados
antes. “Antes de cortar o trabalhador é necessário reduzir os cargos
políticos e cargos de confiança. É isto que estabelece a lei, e foi isto que
o prefeito Guilherme Menezes não escolheu fazer”, conclui.
Na próxima terça-feira
o caso será levado pelo SIMMP para discussão com os
representantes sindicais. O SIMMP ainda pretende se articular com a
comunidade e com o SINSERV para, em uma ação conjunta, tentar coibir as
demissões e regularizar as condições de funcionamento das
unidades escolares.