CONVENÇÃO
151 DA OIT E AS PRÁTICAS ANTISSINDICAIS FORAM TEMAS DISCUTIDOS EM SEMINÁRIO
O diálogo e a
negociação podem ser fatores essenciais na promoção da eficácia, desempenho e
equidade na administração pública. Esta foi uma das conclusões tiradas pelos
sindicalistas do evento. Aldo Liberato, presidente da FESEMPRE, marcou presença
junto a funcionários da Federação.
Como pres. da FESEMPRE
e diretor de Comunicação da CSPB, Aldo participa assiduamente dos eventos
promovidos pelo Ministério do Trabalho e entidades como a OIT.
Para tratar da gestão
de conflitos, promoção do diálogo social e negociação coletiva dos servidores
públicos nas esferas federal, estadual e municipal, o Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), e
apoio do Ministério Público do Trabalho, realizou Seminário nos dias 9 e 10 de
maio.
Em discussão, os
temas: Democratização do Estado, Participação dos Atores Sociais, Práticas
Antissindicais e Regulamentação da Convenção 151 da OIT. A FESEMPRE enviou uma
comitiva ao evento, por se tratar de um encontro com abordagens relevantes à
categoria dos servidores públicos.
"Os
palestrantes, gabaritados membros do MTE, da OIT e do Ministério do
Planejamento, enfatizaram que, para a regulamentação da Convenção 151 não
podemos ficar reféns de decisões do judiciário, precisamos avançar em uma
construção conjunta em prol do direito de greve e do direito das práticas
sindicais no serviço público sem prejuízo aos trabalhadores, sempre buscando a
discussão coletiva e o diálogo social", explicou Aldo Liberato, que foi ao
seminário acompanhado do orientador sindical Antônio Sardinha, do diretor
regional de Guaraciama, Roberto César Pereira e dos advogados dr. Marcos Penido
e dra. Mariana Tavares.
O principal objetivo do
sindicalismo é a garantia dos direitos dos trabalhadores, podendo, para isso,
haver um projeto que venha revolucionar ou dar maior proteção a estes
trabalhadores e trabalhadoras.
Palestras
Para tratar do
tema "Práticas Antissindicais – Contextualização, experiências de outros
países", o palestrante Horacio Guido, especialista em Liberdade Sindical
do Departamento de Normas da OIT, fez um apanhado geral das principais formas
de se mudar a realidade existente quando se trata de práticas antissindicais no
Brasil.
“Precisamos
avançar com uma sociedade democrática. Logo, se existe um problema não devemos
fugir e sim enfrentá-lo, além de estabelecer mecanismos eficazes para lutar
contra as práticas antissindicais, tanto para trabalhadores, quanto para
empregadores. Para entender aonde queremos ir, temos que saber o que queremos
alcançar e neste caso a independência com respeito às autoridades públicas é
fundamental”, sugeriu o expositor.
Uma nova mesa foi
composta pelo representante da bancada dos trabalhadores, Joílson Cardoso,
representante da bancado dos empregadores, Sylvia Lorena, que logo após o seu
pronunciamento se ausentou do seminário. Participando também estava Renato
Henry, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(ANAMATRA), que afirmou que, majoritariamente, quem mais exerce as práticas
antissindicais são os empregadores, além do estado legislador.
“Não podemos aceitar
esta realidade tão recorrente nos nossos dias e sim trabalhar para combater.
Quanto à terceirização, a gravidade esta na criação de uma massa de trabalhadores
que não poderão exercer as atividades sindicais, sendo um perigo para o
movimento sindical que foi o motor de grandes melhorias na condição social”,
defendeu.
Joílson, que
também representou o Comando Nacional de Práticas Antissindicais, listou os aspectos
do avanço desta prática e sugeriu que seja criada uma lei que venha punir
severamente este ato. “Temos grandes entraves no que diz respeito ao diálogo
social, como ocorreu na 1ª Conferência do Trabalho Decente, com a obstrução da
bancada dos empregadores que não quiseram concluir as negociações,
principalmente no que diz respeito às práticas antissindicais, que vem
principalmente dessa bancada e do governo”.
“A Convenção 151
da OIT – Histórico, contextualização, experiência de outros países", foi o
tema debatido na parte da tarde com os expositores: Mário Barbosa, Assessor
Especial da Assessoria Internacional do MTE, Mário Ackerman, Membro da Comissão
de Peritos da OIT e Mônica Valente, representante da Internacional de
Servidores Públicos do Brasil (ISP).
“A negociação
coletiva tem um papel de democratização nas instituições governamentais
autoritárias. Precisamos dar mais visibilidade aos trabalhadores e não abrir
mão do acordo e do exercício do direito de greve no serviço público”, lembrou
Mônica.
Fonte: NCST
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