terça-feira, 28 de maio de 2013

Divagando & Katilografando


Em tese, para os de boa fé, significam um grande avanço para o destinatário final, que é o povo; aquele que vive nas cidades, que elegeu um prefeito que é do mesmo partido do governador, que por sua vez tem um ou uma presidente (A) – Ela impõe ser titulada de presidentA – que é do partido do governador como também do prefeito.
Melhor alinhamento não poderia acontecer. Um prefeito, um governador e uma presidenta com o mesmo objetivo de governar para o bem comum de toda uma sociedade de uma população que lhes creditaram os seus destinos.
Vitória da Conquista, historicamente, em suas frentes de batalhas contra os governos ditatoriais, sempre elegeu governantes com viés de oposição aos 

governos estadual e federal, assumindo um risco calculado.Os governos estaduais imploravam aproximação, todavia, o orgulho mongoió falava mais alto, e grandes oposicionistas ocuparam lugar de destaque no cenário político estadual como também no federal; como via de consequência, grandes investimentos chegaram à nossa cidade e região. Teriam sido melhores os investimentos se estivéssemos totalmente alinhados àqueles governos?
Pois muito bem, desalinhados que sempre estivemos, conquistamos muitas benfeitorias para o nosso município e região – é de se fazer um inventário dessas conquistas e benfeitorias. O ciclo do café em Conquista é uma dessas conquistas, e não há que falar que foi uma conquista da iniciativa privada; houve a necessária comunhão de interesses privado e estatal – Banco do Brasil e IBC firmaram forte parceria nessa implantação de polo cafeeiro para Conquista e sua macrorregião.
Mas, nada está perfeito e acabado em nossa cidade, Vitória da Conquista grita, esbraveja, clama por um equipamento de extrema necessidade para viabilizar e dar continuidade ao nosso desenvolvimento – refiro-me “nosso desenvolvimento” porque eu também faço parte dessa cidade, sou filho dela, moro em Curitiba, mas, o meu cordão umbilical não foi coratado e jamais deixarei que se rompa.
Sei que nós temos muitas reivindicações de extrema necessidade que merecem acurada atenção dos governantes nas três esferas, mas, algumas saltam aos olhos até mesmo daqueles que mal conhecem a nossa cidade. Nova estação de tratamento e saneamento de esgoto, nova barragem e de maior capacidade de armazenamento de água para Conquista e região, um transporte coletivo que realmente traduza respeito, bem como, ao tamanho e a importância da nossa cidade.
Ao que se percebe, – inferência minha – muito ou quase tudo que deixa de acontecer em nossa cidade tem muito a ver com as vaidades pessoais dos envolvidos (governo municipal, estadual ou de segmentos da sociedade organizada), pois, muitos querem ser os “pais da criança”, a despeitos das verdadeiras necessidades por que passam os conquistenses. Os palanques se sucedem, as promessas são renovadas; são passadas à limpo por outros candidatos (eles fazem dobradinha), cada um com um único objetivo, qual seja, levar os votos dos incautos, renovando-lhes esperanças, que tão logo, ao descer do palanque, com tapinhas nas costas, deposita-as na vala comum do esquecimento.
O povo conquistense tem memória de elefante. As promessas feitas podem até não serem cobradas, mas, jamais cairão no esquecimento. Como poderemos esquecer uma promessa tão renovada a cada visita de um governador, de um secretário ou de um ministro que garantiu R$ 80 milhões para a construção do nosso NOVO AEROPORTO?
Como um processo licitatório pode demandar tanto tempo assim? Será que o Governador crê que o povo conquistense acredita em tamanha pasmaceira? E o nosso prefeito, – repito, sou cidadão curitibano, mas, ainda sou e sempre continuarei conquistense, por isso, digo “nosso prefeito” – qual papel tem desempenhado frente a esta importantíssima reivindicação que é de todos os conquistenses? O nosso prefeito tem vestido essa camisa, que só os verdadeiros e combativos conquistenses têm vestido? O “nosso” prefeito já se fez conquistense? Para governar esta cidade, não basta querer ser um bom prefeito, tem que ser um verdadeiro conquistense, tem que ser guerreiro, tem que falar e entender a língua dos mongoiós!
Eu, em tempos que de pouca ou nenhuma expressão, em rádio local, na BAND FM, com espaço cedido pelo nosso amigo Dilton Rocha, Mc’ Donald e Carlos Bramont já batalhava por um aeroporto que traduzisse a nossa importância no cenário nacional. Acreditava que o Aeroporto Brigadeiro Pedro Otacílio de Figueiredo, com pista de 1.780 metros de extensão era suficientemente perfeita para os pousos e decolagens das aeronaves da época (737-200 e 300), para isso, bastava tão simplesmente a concretagem da pista bem como uma pista lateral de taxiamento e uma nova e confortável estação de passageiros.
Àquela época (1990 a 1992), o sonho dos governantes (em especial prefeito Pedral) buscava área nas proximidades de José Gonçalves para que ali se construísse o novo aeroporto. Para dizer a verdade, eu acreditava que aquele não passava de um sonho com viés megalomaníaco. Acreditava, outrossim, que para se chegar a ter um aeroporto como aquele almejado, primeiro precisaríamos demonstrar a nossa verdadeira vocação e capacidade de lotar os voos que para nossa cidade fossem destinados, depois, aí sim, hoje com o nosso Pedro Otacílio Figueiredo estrangulado pela sua incapacidade operacional – se assim ficasse tecnicamente demonstrada – partiríamos para um moderníssimo equipamento; isto é o que eu pensava à época.
O fato é que, Vitória da Conquista já tem dado e não é de hoje, a demonstração da sua grande vocação de polo regional e a consequente capacidade de lotar voos; trata-se de um importante centro de convergência natural de uma vasta região, onde, os olhos e as atenções dos grandes empreendedores nacionais se voltam, buscam em nossa Cidade novas oportunidades de grandes negócios.
E os nossos governantes – refiro-me municipal e estadual – parecem dormir em berço esplêndido ao som do mar e à luz do céu profundo, parodiando comportamento insculpido pelo poeta Joaquim Osório Duque Estrada em nosso Hino Nacional, em tempos em que o Brasil era só uma remota promessa. O Brasil acordou, saiu do ostracismo de estar deitado em berço esplêndido, acordou e levantou-se, está vencendo uma maratona, deixando para trás velhos e velhacos concorrentes.
E a nossa Vitória da Conquista, quando é que seus governantes vão assumir a postura de verdadeiros vencedores abandonando de vez essa postura decadente e de derrotados nessa batalha onde até mesmo os fracotes estão levando a melhor sobre nós? Parodiando o Dilton Rocha; ATÉ QUANDO CONQUISTA?
Francisco Silva Filho
Curitiba – PR

Nenhum comentário:

Postar um comentário