No
Distrito Federal, trabalhadores da ECT entram em estado de greve.
Categoria aguarda
proposta de PLR mais democrática e que garanta uma maior valorização dos
trabalhadores
Os trabalhadores dos
Correios realizaram, na manhã desta quarta-feira (24), manifestação e
assembleia para rejeitar a proposta de participação nos lucros (PLR)
apresentada pela empresa à categoria. Os trabalhadores deliberaram entrar em estado de
greve.
Pela proposta da
empresa, 10% da PLR seriam destinados a apenas os funcionários do "alto escalão",
ou seja, os executivos do chamado "setor estratégico". Os 90%
restantes seriam divididos entre os demais trabalhadores, e mesmo assim baseado
em critérios subjetivos e questionáveis, como o ranqueamento das Diretorias
Regionais e o cumprimento de metas. Só que a empresa não fornece condições de
trabalho e nem equipamentos para essas metas sejam alcançadas.
O diretor de Finanças
do Sintect/DF - sindicato que representa a categoria -, Jovan Sardinha da
Costa, enfatizou que "todos os trabalhadores são estratégicos para a
empresa" e que não há porquê haver essa divisão.
Em documento
distribuído durante a assembleia, o Sintect enfatizou que os critérios impostos
pela empresa são inaceitáveis, pois dão à PLR características de um programa de pagamento por metas
condicionado ao desempenho, e não de um programa de distribuição dos lucros, como
deveria ser. "A parcela estratégica é discriminatória, já que privilegia
apenas alguns grupos de trabalhadores em detrimento da grande massa",
destacou.
O presidente da CUT-DF,
Rodrigo Britto, disse que "espera que a direção da ECT tenha a
sensibilidade e apresente uma proposta de PLR que seja mais democrática e
garanta uma maior valorização dos trabalhadores".
"O Sintect não
aceitará essa forma de distribuição que nem pode ser chamada de PLR, e sim de
política de auto favorecimento", observou a presidente da entidade, Amanda
Corcino.
Pelos critérios de PLR
apresentados pela ECT, dos 15 mil trabalhadores da empresa, cerca de 4 mil
receberiam parcialmente a
participação nos lucros; e mais de 800 funcionários não receberiam nada.
A direção da ECT se
reúne internamente na segunda-feira (29), devendo apresentar uma contraproposta
aos trabalhadores na terça ou quarta-feira.
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