quinta-feira, 25 de abril de 2013


No Distrito Federal, trabalhadores da ECT entram em estado de greve.

Categoria aguarda proposta de PLR mais democrática e que garanta uma maior valorização dos trabalhadores
Os trabalhadores dos Correios realizaram, na manhã desta quarta-feira (24), manifestação e assembleia para rejeitar a proposta de participação nos lucros (PLR) apresentada pela empresa à categoria. Os trabalhadores deliberaram entrar em estado de greve.
Pela proposta da empresa, 10% da PLR seriam destinados a apenas os funcionários do "alto escalão", ou seja, os executivos do chamado "setor estratégico". Os 90% restantes seriam divididos entre os demais trabalhadores, e mesmo assim baseado em critérios subjetivos e questionáveis, como o ranqueamento das Diretorias Regionais e o cumprimento de metas. Só que a empresa não fornece condições de trabalho e nem equipamentos para essas metas sejam alcançadas.
O diretor de Finanças do Sintect/DF - sindicato que representa a categoria -, Jovan Sardinha da Costa, enfatizou que "todos os trabalhadores são estratégicos para a empresa" e que não há porquê haver essa divisão.
Em documento distribuído durante a assembleia, o Sintect enfatizou que os critérios impostos pela empresa são inaceitáveis, pois dão à PLR características de um programa de pagamento por metas condicionado ao desempenho, e não de um programa de distribuição dos lucros, como deveria ser. "A parcela estratégica é discriminatória, já que privilegia apenas alguns grupos de trabalhadores em detrimento da grande massa", destacou.
O presidente da CUT-DF, Rodrigo Britto, disse que "espera que a direção da ECT tenha a sensibilidade e apresente uma proposta de PLR que seja mais democrática e garanta uma maior valorização dos trabalhadores".
"O Sintect não aceitará essa forma de distribuição que nem pode ser chamada de PLR, e sim de política de auto favorecimento", observou a presidente da entidade, Amanda Corcino.
Pelos critérios de PLR apresentados pela ECT, dos 15 mil trabalhadores da empresa, cerca de 4 mil receberiam parcialmente a participação nos lucros; e mais de 800 funcionários não receberiam nada.
A direção da ECT se reúne internamente na segunda-feira (29), devendo apresentar uma contraproposta aos trabalhadores na terça ou quarta-feira.

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