Greve
dos professores em Natal deixa cerca de 53 mil alunos sem aulas
Cerca de 53 mil alunos
da escolas públicas municipais de Natal vão ficar sem aulas a partir desta
quarta-feira (22). O motivo é a greve deflagrada pelos professores da rede
municipal de ensino por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada por 90%
dos educadores em assembleia realizada na última segunda-feira (20) .
A principal
reivindicação é o reajuste salarial, que segundo a categoria está congelado a
mais de dois anos. Além dos pagamentos de direitos funcionais como padrão dos
educadores infantis, promoções verticais e horizontais e gratificações. Eles
também pedem melhorias nas condições estruturais das escolas.
Segundo a coordenadora
geral do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação (Sinte/RN), Fátima Cardoso, as perdas salariais estão na ordem dos
34%, e o pagamento de direitos funcionais da categoria como as promoções não
são pagas há cerca de dois anos. Fátima conta que o total da dívida da
Prefeitura com os educadores ultrapassa R$ 1,5 milhão. No entanto, a própria
secretária de Educação, Justina Iva, reconhece que o valor é maior e chega a
quase R$ 3,5 milhão.
“Assim como a estrutura
das escolas, os educadores vêm amargando um desgaste inaceitável em seus
salários e nos seus direitos mais elementares. Quando se está em uma emergência
não dá para esperar”, disse Fátima Cardoso.
Na manhã dessa
terça-feira (21), o Sinte-RN esteve reunido com Justina Iva, que na ocasião
explicou que a Prefeitura não tem condições de atender completamente as
reivindicações dos professores.
A secretaria argumentou
que caso conceda o reajuste de 34,56% solicitado vai ferir o limite da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). Ainda segundo ela, o limite legal da receita
líquida do Município é de 54% para pagamento dos servidores, que já foi
ultrapassado.
Uma esperança para o
fim da paralisação é uma nova reunião que está marcada para a tarde da próxima
sexta-feira (24) entre os dirigentes do Sinte-RN e o prefeito de Natal, Carlos
Eduardo Alves (PDT). Já na segunda-feira (27), os educadores realizam outra
assembleia para debater a manutenção da greve.
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