quarta-feira, 22 de maio de 2013

Greve dos professores em Natal deixa cerca de 53 mil alunos sem aulas


Cerca de 53 mil alunos da escolas públicas municipais de Natal vão ficar sem aulas a partir desta quarta-feira (22). O motivo é a greve deflagrada pelos professores da rede municipal de ensino por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada por 90% dos educadores em assembleia realizada na última segunda-feira (20) .
A principal reivindicação é o reajuste salarial, que segundo a categoria está congelado a mais de dois anos. Além dos pagamentos de direitos funcionais como padrão dos educadores infantis, promoções verticais e horizontais e gratificações. Eles também pedem melhorias nas condições estruturais das escolas.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), Fátima Cardoso, as perdas salariais estão na ordem dos 34%, e o pagamento de direitos funcionais da categoria como as promoções não são pagas há cerca de dois anos. Fátima conta que o total da dívida da Prefeitura com os educadores ultrapassa R$ 1,5 milhão. No entanto, a própria secretária de Educação, Justina Iva, reconhece que o valor é maior e chega a quase R$ 3,5 milhão.
“Assim como a estrutura das escolas, os educadores vêm amargando um desgaste inaceitável em seus salários e nos seus direitos mais elementares. Quando se está em uma emergência não dá para esperar”, disse Fátima Cardoso.
Na manhã dessa terça-feira (21), o Sinte-RN esteve reunido com Justina Iva, que na ocasião explicou que a Prefeitura não tem condições de atender completamente as reivindicações dos professores.
A secretaria argumentou que caso conceda o reajuste de 34,56% solicitado vai ferir o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ainda segundo ela, o limite legal da receita líquida do Município é de 54% para pagamento dos servidores, que já foi ultrapassado.
Uma esperança para o fim da paralisação é uma nova reunião que está marcada para a tarde da próxima sexta-feira (24) entre os dirigentes do Sinte-RN e o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT). Já na segunda-feira (27), os educadores realizam outra assembleia para debater a manutenção da greve.



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